Outro depoimento revelador foi o prestado por Amarildo de Oliveira. “Amarildinho”, como também é conhecido, afirma que é construtor há cerca de trinta anos e foi candidato ao cargo de vereador pelo PTC, partido pertencente à coligação do então candidato a Prefeito João Batista Bianchini, e não foi eleito. Foi convidado a participar do esquema, mas não entrou, alertou o Prefeito do que estava acontecendo, enfim confirma não só a existência do conluio, como também do conhecimento do Prefeito. Veja:
O esquema, a comissão e Italiano
“que, em data que não se recorda, mas sabendo que foi no primeiro trimestre de 2009, foi procurado por Roberto Cesar Barbosa que lhe sugerira a possibilidade de abrir uma empresa de construção civil, com engenheiro, para que pudessem, num grupo restrito de pessoas e empresas pegarem obras de construção civil da Prefeitura, ou seja, para que apenas esse grupo fosse beneficiado, porém, em cada obra realizada, deveriam dirigir 10% (dez por cento) dos valores recebidos para um “caixa 2” que, segundo Roberto, serviria para uma futura e eventual campanha política de Italiano,”
O esquema, o Prefeito e a contadora
“que, o próprio Prefeito Italiano, na época, indicara ao declarante a contadora “Silvana” para que abrisse sua empresa; que o declarante procurara o escritório de contabilidade de Silvana, porém, ao analisar os custos da abertura dessa empresa, acabara desistindo;”
O expresso conhecimento de Italiano
“que, nessa mesma reunião e oportunidade, o declarante disse claramente ao Prefeito Italiano que estava ocorrendo fraudes em licitações envolvendo construtores locais, pois apenas três ou quatro empresas estavam sendo beneficiadas, já que apenas elas ganhavam as licitações da Prefeitura que, evidentemente, já estavam direcionadas, ocasião em que o Prefeito disse que iria averiguar a situação;”
Amarildo, em seu depoimento, relata que quase entrou no esquema, pois, posteriormente, participou da licitação para a construção das carneiras no cemitério em parceria com Juliano, da empresa “Lemar”, mas não venceu a licitação por falta de documento essencial, a certidão negativa de débito junto ao INSS. Resumindo, suas declarações corroboram o que até então se alegou, o esquema, a comissão e, o que é grave, o conhecimento do Prefeito.
De se lembrar que a finalidade da presente apuração parlamentar é demonstrar a existência de vínculo entre o esquema de fraudes em licitação e o Sr. Prefeito Municipal. Anteriormente, este relatório apontou uma série de passagens em que pessoas que prestaram depoimento à autoridade policial demonstram o conhecimento por parte do Prefeito municipal do esquema e, é claro, sua omissão em apurar estas irregularidades.
Agora, depois de mencionar e transcrever trechos de depoimentos dos principais envolvidos no caso, cumpre também citar as passagens de escutas telefônicas, não a partir do áudio colhido pela Polícia Civil, mas do próprio pedido de “Prisão Temporária” e “Busca e Apreensão” pelo Ministério Público e dirigido ao Juiz de Direito da Comarca de Bebedouro.
(Fonte: Relatório CPI - Câmara Municipal de Bebedouro)
Publicado em: 23 de junho de 2010
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Categoria: Notícias da Câmara
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