Veja a íntegra da moção de autoria da vereadora Sebastiana Camargo aprovada nesta segunda-feira (26):
“Considerando que há bastante tempo vimos acompanhando o problema vivido pelos moradores do Povoado de Andes, referentes aos tremores de terra que vêm ocorrendo com freqüência naquela região do município. O fenômeno tem ativado a curiosidade dos órgãos de imprensa em todo País e, se no começo gerava uma grande sensação de insegurança, hoje ainda cria alguma expectativa àquela população;
Considerando que os tremores de terra provavelmente se dão pela acomodação do subsolo, quando ocorrem rápidos deslocamentos de rochas subterrâneas. E, embora sejam de pequenas magnitudes e aparentemente sem maiores riscos à população, criam um clima de instabilidade plenamente justificável;
Considerando que de início os técnicos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas já previam a possibilidade dos tremores de baixa magnitude, sentidos localmente desde o ano de 2004, continuarem ocorrendo com períodos de maior e de menor atividade. Entretanto, apesar de não justificar motivo de alarme, mais de seis anos se passaram e tais fenômenos persistem;
Considerando que a história do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG), anteriormente conhecido como Instituto Astronômico e Geofísico, teve início com a Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, criada pela Lei Provincial n. 9, de 27 de março de 1886, chefiada pelo geólogo americano Orville A. Derby. Sua origem está com a criação da Direção do Serviço Meteorológico e Astronômico, em 31 de dezembro de 1927, tendo como sede o Observatório Astronômico e Meteorológico, mais conhecido atualmente como Observatório de São Paulo. Em 30 de dezembro de 1946, o Instituto foi incorporado à Universidade de São Paulo;
Considerando que desde o início os técnicos da USP vêm trabalhando com afinco no nosso município, chegando a descobrir a localização do epicentro, à três quilômetros a oeste do Povoado, quando, na época, foram escolhidos pontos estratégicos para a instalação de sismógrafos, com o fim de monitorar e coletar os dados dos abalos sísmicos com maior precisão. Hoje são sete estações de sismógrafos espalhadas pela zona rural de Bebedouro, cujos dados monitorados demonstram uma atividade que nunca parou, mas os surtos são menores;
Considerando que alguns motivos foram sondados para justificar a ocorrência do fenômeno e, mais recentemente, não raramente encontramos informações que, apesar de não se darem de fontes estritamente técnicas, apontam o grande número de poços artesianos ou semi-artesianos existentes nas fazendas vizinhas ao Povoado como possível causa. Até temos em vigor a Lei n° 3362/2004, que disciplina a utilização de poços artesianos ou semi-artesianos, não públicos, no âmbito do município de bebedouro, porém, a exemplo de tantas outras, não vem sendo cumprida;
Considerando que numa entrevista coletiva realizada no último dia 09 de abril os técnicos da USP abordaram, além do acompanhamento sismológico rotineiro dos tremores sentidos no Povoado de Andes e no Distrito de Botafogo, os abalos percebidos no último dia 31 de março no Bloco 3 de um dos prédios do Residencial Franciscano. De acordo com o técnico José Roberto Barbosa esses micro-tremores, se não estiverem associados a reflexos de sismos andinos, que com pouca intensidade podem ser percebidos em andares mais altos, dificilmente tem influência com os abalos de Andes;
Considerando enfim, que o trabalho dos técnicos da USP aqui realizado tem sido acompanhado por todas as regiões do País e do Mundo, demonstrando não apenas o natural caráter científico do fenômeno na longevidade da sua ocorrência e, portanto, interessante para a fundamentação de estudos a respeito, mas também tem tranqüilizado os nossos cidadãos e chamado a atenção sobre o município.
SOLICITO à Mesa, ouvido o Douto Plenário, nos termos regimentais, que dê ciência aos técnicos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (José Roberto Barbosa/Cleusa Barbosa e o Prof. Marcelo de Assumpção), da MOÇÃO DE APLAUSOS pelo brilhante trabalho que, desde o início dos abalos sísmicos sentidos no Povoado de Andes, vem competentemente monitorando. Um trabalho que é acompanhado por todas as regiões do País e do Mundo, demonstrando não apenas o natural caráter científico do fenômeno na longevidade da sua ocorrência e, portanto, interessante para a fundamentação de estudos a respeito, mas também que tranquiliza os nossos cidadãos e, de alguma forma, destaca o município.”
Publicado em: 27 de abril de 2010
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Categoria: Notícias da Câmara
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