“Desde o inicio dos anos 80, assistimos e participamos do fortalecimento da luta pelos direitos humanos, inclusive de gays, lésbicas, travestis, transgêneros e bissexuais, no entanto, a violência letal contra os homossexuais constitui o lado trágico de discriminação por orientação sexual e da homofobia no Brasil e faz-se necessário que tenhamos normas e dispositivos legais para coibi-la.
O presente anteprojeto de Lei constitui normatização do que dispõe na nossa Constituição Federal, em seu artigo 5º, assim como na Constituição de muitos estados, buscando o respeito aos direitos à cidadania, que nelas são consolidados.
É necessário afirmar e defender a igualdade de direitos e cidadania das pessoas independentemente do sexo ou de sua orientação sexual. A sexualidade é construída socialmente e sua vivência está vinculada ao desejo e à atração sexual que se expressam de diferentes maneiras nas diferentes pessoas, por isso, é inaceitável a prática discriminatória sobre comportamento pessoal que não constitui crime nem deve ser visto como desrespeitoso, mesmo aos olhos dos mais preconceituosos.
Todos são iguais perante a Lei e atos discriminatórios, quando públicos, não se justificam e configuram crime sujeito a punição. De início, pensei em apresentar um anteprojeto criando o Conselho Municipal dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, mas me deparei com a vigência do Conselho Municipal dos Direitos Humanos no município, que também contempla as minorias (inciso III do artigo 2°). Contudo, atentados têm ocorrido com frequência no nosso município, fazendo-se oportuno dispor de mecanismos de combate às práticas discriminatórias, inclusive por orientação sexual.
As pessoas podem até pensar de forma diferente, mas não a ponto de práticas violentas, como as homofóbicas, por intolerância. Profissionais da área da psicologia explicam que muitos casos de homofobia representam uma reação de defesa contra um desejo latente que nega, omite ou se materializa em ações inconsequentes, injustas e desnecessárias.
E o mais engraçado disso, é que os homofóbicos tentam esconder seus atos de violência por medo da discriminação que podem vir a sofrer. Enfim, o anteprojeto, além de contemplar o pluralismo que deve nortear as políticas públicas, visa combater, entre outras coisas, o preconceito que infelizmente aflige muitos bons cidadãos bebedourenses.”
Publicado em: 19 de agosto de 2010
Cadastre-se e receba notícias em seu email
Categoria: Notícias da Câmara
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Depois de reafirmar que a decisão sobre a abertura da Rua Barretos não cabe à Prefeitura, mas sim à Artesp, DER e à concessionária de rodovias Econoroeste, o secretário de Segurança Pública de Bebe...
A Câmara Municipal de Bebedouro aprovou, nesta segunda-feira (8) – em sessão ordinária, o projeto de lei complementar que visa disciplinar a instalação e manutenção dos cabos de telefonia, TV e int...
Além do projeto de lei que estava previsto para ser votado nesta segunda-feira (8), outros dois projetos passaram a fazer parte da ordem do dia a pedido dos seus autores, durante a 26ª sessão ordin...
A Câmara Municipal de Bebedouro realiza sessão solene nesta próxima quinta-feira (11), às 19h, para a entrega do título Veterinário do Ano 2025 ao médico Luis Henrique Rodrigues. Nesta solenidade...
Os vereadores analisam o projeto de lei complementar 07/2025 que trata sobre a regulamentação do cabeamento aéreo de Bebedouro. De acordo com o projeto, as caixas de terminação óptica (CTO) serão...
Em cumprimento ao Decreto Legislativo nº 700, de 11 de agosto deste ano, de autoria da Mesa Diretora, a Câmara Municipal de Bebedouro promoverá sessão solene nesta terça-feira (9), a partir das 19h...